terça-feira, 25 de novembro de 2014

Lps por assinatura

Enquanto os serviços de streaming de música na internet são apontados como o futuro da indústria, jovens empreendedores do ramo seguem o caminho contrário.

E, por incrível que pareça, estão contabilizando resultados animadores.

O Noize Record Club, primeiro serviço de assinatura de vinis da América Latina, é um bom exemplo. Inspirado em startups americanas e europeias, o projeto prensa, de três em três meses, discos de música brasileira inéditos, nunca lançados no formato ou esgotados, e os entrega na casa dos clientes junto a uma revista especial sobre a obra. 

A assinatura custa R$ 68 e o LP avulso sai por R$ 88. Depois de apenas um trimestre, o projeto estima outro ótimo resultado para a sua segunda edição, com o disco de estreia da Banda do Mar, grupo de Marcelo Camelo e Mallu Magalhães que tem uma enorme base de fãs.

— Vendemos 320 cópias do primeiro disco (“Antes que tu conte outra”, do Apanhador Só). Agora, com a Banda do Mar, acredito que a gente vá dobrar o número de assinantes — garante Maria Joana de Avellar, editora do Noize, que também adianta o nome do próximo álbum a ser enviado aos integrantes do clube.

— Está quase tudo acertado para relançarmos o “Japan Pop Show” (2008) do Curumin.
Escutar os “bolachões” deixou de ser um hábito restrito apenas aos colecionadores e ganha, pouco a pouco, um mercado mais amplo. Afinal, em 2013, as vendas no formato subiram 32% em todo o mundo. Para conquistar essa exigente fatia de consumidores, o Noize Record Club apostou em nomes reconhecidos pela crítica e edições de boa qualidade.

O disco “Antes que tu conte outra”, do Apanhador Só, foi prensado em vermelho e teve todo seu projeto gráfico adaptado. 

O álbum foi considerado pelo “Globo” um dos melhores de 2013. O da Banda do Mar, lançado este ano, ganhou um vinil azul. 

A gravação do grupo de Camelo e Mallu recebeu boa crítica, assim como o de Curumin, lançado originalmente em 2008. Além da qualidade musical, a ideia é proporcionar uma experiência diferente.

— As pessoas adeptas da cultura do vinil gostam de trocar informação sobre música. Abrimos um grupo no Facebook para que os membros do clube façam isso. A curadoria é parte importante do processo. 

No clube, você paga uma taxa, esquece e, depois de um tempo, chega um pacote na sua casa. Quando você abre, é o disco de uma banda superlegal que você não conhecia. E a revista complementa a experiência: é um material rico sobre aquela música — conta Maria Joana.

Matéria Completa de O Globo


Fonte: O GLOBO

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