Algumas semanas atrás tive a oportunidade de conversar com o cantor
Sérgio Reis, que falou um pouco sobre sua carreira e seu novo trabalho:
RR) “Serjão” a sua ligação com Minas Gerais é muito grande e
de muito carinho...
Sérgio Reis: “Ronaldo, graças a Deus o povo mineiro me
acolheu, abraçou a nossa carreira, aqui vivi e vivo muitas alegrias; Passei uns
momentos difíceis, como o acidente em Três Marias no ano passado, onde caí do
palco, literalmente mergulhei de ponta cabeça no chão e se não fosse eu ter
batido a cabeça no pé de uma moça e amortecido a queda, hoje não sei o que
seria do Sérgio Reis.”
RR) “Serjão” o que houve nesse dia?
Sérgio Reis: “Ronaldo eu estava cantando a música Panela Velha, no palco sempre tem uma
faixa que é colocada no chão pro cantor de situar, onde termina o palco, etc...
Acontece que nesse dia em Três Marias, acho que por conta da represa, o vento
tirou essa faixa do local, eu cheguei muito próximo da ponta do palco, tanto
que caí de cheio no chão.”
RR) E o resultado desse “mergulho”, Sérgio?
Sérgio Reis: “Oito costelas quebradas, nove vertebras
trincadas, luxação no ombro direito, pulmão direito trincado, resumindo nasci
de novo, graças a Deus e ao pezinho da Mércia, a moça que eu cai em cima do pé
dela”.
RR) “Serjão”, e o inicio da carreira?
Sérgio Reis: “Eu tive a felicidade de gravar Menino da
Porteira e de começar minha carreira em uma gravadora sertaneja, que era a
Chantecler; Naquela época a Chantecler era a gravadora de Palmeira e Biá, Liu e
Léo, entre outros... e quem me deu o nome de Sérgio Reis, foram o Palmeira e o
Teddy Vieira, um dos autores da música Menino da Porteira ao lado de Luizinho
da saudosa dupla Luizinho e Limeira. Infelizmente em 1965, Teddy Vieira faleceu
em um acidente de automóvel próximo a Itapetininga SP, deixando uma lacuna
muito grande na música.
Daí em 1972 eu estava em Tupaciguara MG, que é a terra natal
da cantora Nalva Aguiar, cantando num baile de debutantes, nessa época eu
estava com o sucesso O Menino da Gaita, aí o conjunto reiniciou o baile tocando
a música O menino da Porteira, de repente, todo mundo levantou e começou a
cantar junto... Eu pensei, que música forte essa!
Já faziam 06 anos que o Teddy Vieira tinha falecido e a
música estava mais forte do que nunca.
Eu então pedi pro meu Produtor na época o Tony Campello,
falar com o Wilson Simonal, que na época era um dos chefes da Chantecller, ele autorizou
e eu gravei a música O Menino da Porteira e foi esse sucesso, uma das maiores
alegrias da minha vida”
Novo CD de Sérgio Reis - Questão de Tempo Lançado em 2013
RR) “Serjão” mais de 104 discos gravados, mais de 54 anos de
carreira e agora um nova trabalho...
Sérgio Reis: É Ronaldo, o velhinho aqui não pode parar de
trabalhar e se parar enferruja! Lançamos recentemente o CD “Questão de Tempo” com algumas parcerias e é
um trabalho que fiz com muito carinho para o meu público.
Tem umas modas animadas, tem moda romântica, que é o caso da
faixa que dá nome ao CD, Questão de Tempo que é composição do Moacyr Franco,
que inclusive canta essa música junto comigo.
RR) “Serjão” o que se acha dessa nova fase da música
sertaneja?
Sérgio Reis: “O pessoal do Sertanejo universitário o que eles
fazem é o romântico que a gente fazia na jovem guarda com um ritmo Pop,
Jovem... não tem muito de sertanejo...; Mais eles conhecem de sertanejo, sabem
tudo, tocam viola e hoje a moda é essa.
Agora sempre tem a triagem, alguns artistas vão se destacar,
outros fazem uma música de sucesso e desaparecem.
Administrar uma carreira não é fácil!
Agora se você conseguir um sucesso atrás do outro, como no
caso do Michel Teló, Luan Santana, Gusttavo Lima aí fica mais fácil.
RR) “Serjão” pra fechar...manda um abraço pro povo do Sertanejo Bão e de todo o Brasil?
Sérgio Reis: Ronaldo Ribeiro quero agradecer a você por essa
oportunidade; aos amigos do Sertanejo Bão, a todos os locutores, programadores o meu agradecimento
especial. Aos meus amigos de todo o Brasil, um grande abraço do tamanho do Sérgio Reis,
com muito carinho e amor a todos vocês, que apreciam o nosso trabalho.
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